Tabarana, Tubarana ou Dourado Branco?
Texto de autoria de Arthur Vaz, nosso amigo e “fiel escudeiro” do Ailton na oficina. Arthur é turismólogo, atualmente cursando pós-graduação em Gestão Ambiental. É também dos Pains.
Data: 2005
A verdade é que o Salminus Hilarii é a espécie que apresenta maior distribuição geográfica no gênero Salminus. É encontrada na bacia do Rio São Francisco, nos rios Grande e Tietê da bacia do Rio da Prata, nos rios Araguaia e Tocantins, no rio Madeira da bacia Amazônica, além da Bacia do Orinoco, rios da Colômbia (Rio Magdalena) e rios do Equador.
Classificação científica da Tabarana
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Actinopterygii
Ordem: Characiformes
Família: Characidae
Gênero: Salminus
Espécie: Salminus hilarii
Sua classificação é uma homenagem a Auguste de Saint-Hilaire, (Orleães, 4 de outubro de 1779 — Orleães, 3 de setembro de 1853) um botânico, naturalista e viajante francês, que veio para o Brasil em 1816 acompanhando a missão extraordinária do duque de Luxemburgo. Escreveu diversos livros de grande importância para o conhecimento científico nas áreas de botânica e biologia. Outra espécie de peixe que leva seu nome é o Brycon Hilarii (Piraputanga).
Characidae: Peixes com o corpo lateralmente deprimido e maxilar inferior proeminente.
Características: Peixe ósseo de escamas da família Characidae, é carnívoro e extremamente voraz, de corpo alto e comprimido lateralmente, se alimentando principalmente de peixes menores como os lambaris e piaus, mas também pode se alimentar de anfíbios como sapos e rãs, e até mesmo roedores como ratos. É comumente encontrada em cachoeiras e corredeiras, mas também pode ser vista em represas, com menos freqüência, mas com a mesma voracidade.
Hábitos: A espécie prefere habitar a calha principal dos rios em trecho de correnteza. São mais comuns em águas cristalinas e rasas com até um metro de profundidade. Abriga-se nas proximidades de obstáculos, como troncos submersos, de onde saem rapidamente para atacar suas presas.
Curiosidades: Por ter uma arrancada forte, muita resistência e belos saltos, a tabarana é muito procurada pelos pescadores esportivos. Às vezes é confundida com um pequeno dourado, sendo que as principais diferenças estão no tamanho e na coloração. A tabarana tem porte médio, enquanto o dourado é um peixe de maior porte com coloração amarelada clara ou dourada. Outra diferença é o número de escamas entre o início da nadadeira dorsal e a fileira da linha lateral, que apresenta 10 escamas na tabarana e de 14 a 18 no dourado. A separação de espécimes juvenis pode ser feita por meio da contagem de escamas na linha lateral, 66 a 72 na tabarana e de 92 a 98 no dourado. Os machos não atingem grande porte, ficando em média em torno dos 35cm, já as fêmeas podem atingir mais de 50cm. Nas pescarias em pequenos rios de corredeiras, é comum o ataque de várias Tabaranas ao mesmo tempo à isca artificial, e principalmente as menores, mais rápidas e “abusadas”, mas após a captura de um exemplar, dificilmente haverá outros ataques no mesmo local na mesma hora. No entanto, não desista: se o ponto de pesca for bom, após algum tempo (acima de 30 minutos) poderão ocorrer outros ataques.
Equipamento: Varas leves de ação média rápida ou rápida, linhas até 0.35mm que facilitam o arremesso nos locais mais adequados, deixando as iscas mais livres para o trabalho, ou anzóis nº 2, 1 e 1/0 para o uso de iscas naturais.
Iscas Naturais: Pequenos peixes, minhocas, insetos (grilos, tanajuras)
Iscas Artificiais: Pequenos Plugs de meia água com até 12cm, Colheres de até ¼ oz, Spinners. É pescada também com equipamento de fly, categoria leve.